Categoria: Perguntas Page 2 of 6

POR QUE SAEM LÁGRIMAS DOS NOSSOS OLHOS?

O choro é uma experiência muito normal: choramos quando estamos tristes, podemos chorar quando estamos muito alegres, quando sentimos saudades, quando cai um cisco no nosso olho ou mesmo quando estamos gripados. Mas por que a gente chora? Por que saem lágrimas dos nossos olhos? Como a lágrima escorre? Essas são mesmo dúvidas de muita gente! E quem fez essas perguntas para nós foram a Isadora, a Lara, o Marco Antônio, a Vitória, o Samuel e a Raissa, todos com idade entre 9 e 10 anos, moradores de Caeté.

Quem nos ajuda a responder é a Fabiana Cassiano, aluna de Medicina da UFMG:

“Olá, pessoal! As lágrimas saem dos nossos olhos principalmente quando estamos tristes, não é mesmo? Isso ocorre porque uma área do nosso cérebro, chamada sistema límbico, passa essa informação de tristeza pra frente até ela chegar à estrutura que fabrica as lágrimas – a glândula lacrimal. Essa glândula é um saquinho formado de células que produzem a lágrima e que ficam bem próximas dos nossos olhos.

Agora, é importante saber que nossos olhos produzem lágrimas o tempo todo. Você deve estar se perguntando: “então por que não escorre lágrima dos nossos olhos sempre?”. Isso não acontece porque existe um canal, uma espécie de canudinho, que liga nossos olhos ao nariz, e as lágrimas normalmente escorrem por esse canal e vão direto para a nossa garganta! Quando estamos tristes produzimos mais lágrimas do que pode escorrer pelo canal e elas acabam derramando, e assim choramos.

Além disso, quando estamos resfriados ou com alergia, o catarro acaba fechando essa passagem e a lagrima derrama novamente, como se estivéssemos chorando, certo? Agora quando alguma coisa, como um cisco, cai em nossos olhos, produzimos mais lagrimas para tentar limpá-los. Na verdade o corpo faz isso o tempo todo porque a lágrima é que evita que nossos olhos ressequem, mantendo-os sempre hidratados e limpinhos. Isso é porque, além de água, existe uma substância chamada lisozima que ajuda a limpar as impurezas dos olhos e evita que eles se machuquem. Não é legal?”  

Por que roncamos?

A Vitoria Silva e a Milena Oliveira, ambas com 10 anos, o Leonardo, de 12, e o Pedro, outro dia nos deixaram uma pergunta que com certeza todo mundo já parou para pensar (principalmente ao ver o pai ou o avô roncando alto em um sono calmo e tranquilo – para eles!): o que faz a gente roncar? O que acontece com o nosso corpo durante o ronco?

Quem responde a pergunta é Amanda Salvo, estudante de Medicina da UFMG:

“Você já deve ter reparado que ninguém ronca quando está acordado, não é mesmo? Isso, então, faz a gente imaginar que alguma coisa deve acontecer quando estamos dormindo para quem esta do nosso lado ouvir o famoso ronco!!!

E é isso mesmo… Roncamos porque quando a gente dorme os músculos do nosso pescoço que formam as vias aéreas, que são os locais por onde passa o ar que respiramos, ficam relaxados. Tão relaxados que diminuem o espaço por onde passa o ar. Esse espaço fica tão apertadinho que quando o ar passa provoca um ruído. É esse ruído que nós chamamos de ronco!

Agora que sabemos que o ronco tem a ver com o relaxamento dos músculos que formam o espaço por onde passa o ar, é fácil entender porque os vovôs e vovós normalmente roncam mais. É que quando a gente vai ficando mais velho esses músculos vão ficando mais relaxados, diminuindo o espaço por onde passa o ar!

Mas não é só com os vovôs que isso acontece! Em pessoas que bebem muita cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica acontece igualzinho, pois o álcool relaxa os músculos das nossas vias aéreas. Ah, e algumas pessoas mais gordinhas tambem roncam, mas não é porque o músculo da via aérea relaxa, mas sim porque ele fica cheio de gordura, aumentando de tamanho, ai com menos espaço, vc já sabe, fica mais difícil para o ar passar.

E você, ronca? Sim ou não? Se você respondeu que não, talvez esteja um pouquinho enganada… Alguma vez você já ficou com o nariz entupido? Você já percebeu que quando isso acontece a gente fica respirando pela boca? Sabia que isso também faz a gente roncar?

Hum… Então, já sabe, nunca diga que não roncou! Ok?”

Por que queimamos?

Sua mãe está fazendo o jantar. Você pede para ajudar a mexer o feijão fervendo na panela e… (ai!) uma gota dele pinga no seu braço. Ou então (ai, de novo!) você esbarra com a mão no metal da panela de arroz ao lado. Já reparou que a pele arde e fica vermelha depois? Pois é, é o seu corpo reagindo a uma pequena queimadura. Mas peraí, como é que isso acontece? Por que a pele fica irritada e a gente sente dor quando se queima? A Bárbara, que mora em BH, nos deixou essa pergunta pelo site outro dia. A Brenda Godoi, aluna de Medicina da UFMG, nos dá pistas sobre o que acontece.

“Oi, Bárbara! Você já deve ter encostado a mão em alguma coisa bem quente e visto que sua mão depois fica queimada, não é mesmo? A sua mão é formada por várias substâncias que não resistem a temperaturas muito quentes. Assim, da mesma forma que, quando vc coloca alguma coisa no fogo e ela muda de cor e até mesmo de forma, sua pele também muda. Quando você queima alguma parte do corpo, seu organismo percebe que algo está errado e começa a tratar a queimadura como se fosse um machucado. Tenta eliminar as partes perdidas e reconstruir novas. Mas quando essas novas vão sendo construídas, elas não são exatamente iguais às antigas, e formam-se cicatrizes.

Mas, por que quando queimamos dói? A dor é um importante aviso de que algo está errado. Assim, o organismo pode tomar alguma atitude para te defender. Há, na pele, uma espécie de botãozinho, que é ligado quando a pele é prejudicada. Esse botãozinho é a ponta final dos nervos, que ligam a pele ao cérebro e outras estruturas. Assim, esses nervos irão passar a informação de que a pele está queimando a uma célula que fica na medula espinhal, dentro da coluna vertebral. Essa célula da medula espinhal, por sua vez, manda os músculos se mexerem para que você se afaste de onde está te queimando. Ao mesmo tempo, outros nervos levam a sensação de dor ao cérebro e te fazem aprender que você não deve mais se aproximar tanto de algo tão quente.”

Bom saber, né?

Por que os pernilongos cantam antes de picar?

   Para responder a pergunta do Lucas, que é lá de Vargem Grande – SP, o Universidade das Crianças resolveu fazer uma brincadeira: A Marianna Teixeira, uma das nossas ilustradoras, respondeu a pergunta e a Amanda Martins, que normalmente é uma das responsáveis pelos textos, fez a ilustração! 

     Oi Lucas! Com certeza você se viu fazendo essa pergunta enquanto escutava uma desagradável sinfonia na hora de dormir, né? Pode parecer que esse som irritante venha da boca do mosquito, mas na verdade, eles são causados pelo bater das suas asas. Isso mesmo! 

Pra você entender melhor, vamos usar um exemplo diferente: quando uma pomba levanta vôo, nós escutamos o bater das asas dela, certo? Cada vez que a asa do pombo bate ela desloca uma quantidade de ar para cima ou para baixo e isso gera um som. A quantidade de batidas de asas em um intervalo de tempo é o que chamamos de frequência. Agora imagina o ‘tamanico’ de um pernilongo… As asas são muito pequenas e finas, e devem bater muuuuuitas vezes enquanto uma pomba bate somente uma ou duas. 

Então a frequência desse som é bem maior, o que faz ele parecer bem “fininho” no nosso ouvido. E é tão rápido, mas tão rápido, que a gente não percebe nem a pausa entre uma batida e outra. Curioso, não é? Talvez seja por isso que nos incomodamos com esse “bzz” perto do nosso ouvido. 

Olha, a gente só escuta esse som quando esses insetos vêm pra perto de nós, ou seja, estão prontos para picar. Eles têm a capacidade de farejar o ar que soltamos na respiração, então, se estão por perto, com certeza querem nosso sangue! São somente as fêmeas que se alimentam de sangue e é por isso que ficamos com a impressão de que existe uma cantoria perto do nosso ouvido. Elas cantam antes de nos picar e é só nesse momento que podemos escutá-las. 

Vale lembrar que, embora pequenos e aparentemente inofensivos, alguns pernilongos podem ser vetores de doenças, então, na dúvida, quando escutarmos esse som, o melhor mantê-los bem longe! 

Por que os olhos piscam?

Já imaginou se a gente não piscasse? Por que será que piscamos o tempo todo? Esta é uma dúvida de muitas pessoas, e varias crianças nos fizeram esta pergunta. Quem ajuda a responder é Ana Luiza Reis, aluna da Faculdade de Medicina da UFMG:

“é verdade, pra que serve esse pisca-pisca constante, que, às vezes, nem percebemos que fazemos o tempo todo?

Bom, piscar é muito importante para a saúde dos olhos! Esse abre e fecha ajuda a espalhar a lágrima por toda a superfície do olho. Peraí, lágrima? Isso mesmo! Ao contrário do que muita gente pensa, não produzimos lágrimas só quando choramos. Elas são produzidas o tempo todo por uma estrutura que fica acima dos olhos, a glândula lacrimal. E pra quê espalhar essa lágrima? Não deve ser à toa né? E não é. A lágrima limpa as impurezas dos nossos olhos, para protegê-los. Além disso, esse reflexo de piscar também evita que partículas maiores entrem no nosso olho. Sabe? Quando você vê aquele bichinho voando na direção do seu olho, você pisca, não é mesmo? E você faz isso sem pensar, para proteger o seu olho e não deixar o bichinho entrar.

E, não sei se você sabe, mas isso que está envolvendo seu olho parece-se com uma lente e chama-se córnea. E ela precisa estar sempre lubrificada, ou seja, com lágrima por cima. Você pode reparar que se você forçar não piscar por um tempinho, sua visão vai ficar borrada e seu olho vai arder e pode até ficar vermelho. Tá vendo como é importante piscar?

Agora vai uma dica! Nada de ficar muito tempo na frente da TV ou do computador. Aquele desenho que ta passando ou aquela fase difícil do game te deixa tão concentrado que te faz piscar menos. E pra piorar, a luz que sai dessas telinhas ajuda a secar suas lágrimas. Xi… agora você já sabe que os nossos olhos ficam piscando para deixar a nossa córnea sempre lubrificada e limpinha, deixando-os livres de todas as impurezas que podem chegar neles.”

Legal, né?

POR QUE OS MORCEGOS SÓ ENXERGAM À NOITE?

Na verdade, os morcegos não enxergam só à noite. Eles enxergam de dia também. Porque eles ficam acordados de noite e dormem de dia surgiu a lenda de que eles só enxergam à noite.

O que acontece é que os morcegos ficam ativos a noite e sua principal fonte de orientação não é a visão e sim a eco-localização, uma espécie de radar. Os morcegos emitem sons ultra-sônicos que se refletem nos obstáculos, nas presas ou nos predadores e os permitem localizar tanto o perigo quanto sua fonte de alimentação.

Por que os animais são diferentes dos seres humanos?

Já parou para pensar no quanto somos parecidos – e ao mesmo tempo, diferentes – se comparados aos outros animais? E por falar em diferenças, já que somos animais, porque somos diferentes das outras espécies?

Esta pergunta é da Vanessa, que tem 11 anos e mora em Cardeal Mota. Quem dá uma mãozinha para desvendar algumas pistas sobre estas diferenças são a Débora D’Ávila, que é professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e o Luiz Fernando Monte, aluno de Medicina também da UFMG.

Veja só o que eles disseram:

“Nós, os seres humanos, também somos animais. Precisamos nos alimentar, respirar e descansar, como qualquer animal.

De fato, é interessante perceber como os outros animais são diferentes dos seres humanos. Alguns vivem em árvores, outros vivem debaixo d’água e alguns, até mesmo, debaixo da terra. Por outro lado fazemos algumas coisas que os outros animais não fazem, como compor uma bela canção. Você nunca viu um coelho tocando guitarra e nem uma galinha dançando ballet clássico, certo?

Somos bípedes, andamos eretos, e temos duas mãos livres, muito habilidosas, que nos permitem fazer tricô ou construir um monte de coisa.

Também falamos diferente dos outros animais e conseguimos nos comunicar muito bem através da linguagem. Podemos contar histórias da época dos nossos avôs, explicar como funcionam as coisas, ou até mesmo imaginar como será o mundo daqui a milhares de anos. Isso nos permite viver em sociedade, de uma forma bem diferente dos outros animais.

Quase todas essas características, que nos diferenciam dos outros animais, se relacionam, direta ou indiretamente ao nosso cérebro. Ele é bem grande, principalmente a sua parte mais superficial, chamada de córtex cerebral. E o seu desenvolvimento nos dotou de capacidades que os outros animais não possuem. E para caber dentro da nossa cabeça, o nosso cérebro fica todo dobradinho.

Com ele criamos objetos para nos adaptar a ambientes que não vivemos naturalmente. Não podemos voar como os pássaros e nem respirar debaixo d’água como os peixes. Mas somos capazes de construir submarinos e aviões, e esses objetos nos ajudam a permanecer de baixo d’água e a voar bem alto.”

E aí, você consegue pensar em mais diferenças e imaginar o porquê de elas existirem?

Por que o navio não afunda?

Navios são obras-primas da engenharia marítima, capazes de flutuar e se mover pela água apesar de seu imenso tamanho e peso. A principal razão pela qual um navio não afunda é o princípio da flutuabilidade, que é determinado pela lei de Arquimedes. Este princípio estabelece que um corpo imerso em um fluido (neste caso, água) é sujeito a uma força de empuxo para cima igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. Vamos explorar os aspectos que contribuem para a flutuação de um navio.

Princípio de Arquimedes e Flutuabilidade

O princípio de Arquimedes é o alicerce da capacidade de um navio flutuar. Quando um navio é colocado na água, ele desloca uma quantidade de água cujo peso é igual ao seu próprio peso. Isso cria uma força de empuxo para cima, que contrabalança o peso do navio, permitindo que ele flutue.

  • Deslocamento de Água: A quantidade de água deslocada por um navio é cuidadosamente calculada para garantir que o empuxo seja suficiente para mantê-lo flutuando.
  • Distribuição do Peso: A distribuição do peso em um navio é projetada para maximizar a estabilidade e manter o centro de gravidade baixo, contribuindo para sua flutuabilidade.

Design e Estrutura do Navio

A construção de um navio é feita de maneira que maximize sua capacidade de flutuar. O design inclui várias características que ajudam a manter o navio estável e flutuante.

  • Casco: A forma do casco de um navio é projetada para oferecer resistência mínima ao movimento através da água, ao mesmo tempo em que maximiza o volume de água deslocado.
  • Compartimentos Estanques: Navios são frequentemente divididos em compartimentos estanques, o que aumenta a segurança; mesmo se um compartimento for inundado, o navio pode continuar flutuando.

Materiais Utilizados na Construção Naval

Os materiais utilizados na construção de um navio desempenham um papel crucial em sua flutuabilidade. Aço e outros materiais leves, mas fortes, são comumente usados.

  • Aço e Alumínio: Apesar de serem materiais densos, a forma como são utilizados na construção do navio permite que ele desloque uma grande quantidade de água, garantindo sua flutuabilidade.
  • Tecnologia e Inovação: Avanços tecnológicos continuam a melhorar a eficiência do design naval, tornando navios mais seguros e capazes de carregar cargas maiores sem comprometer sua capacidade de flutuação.

A ciência por trás da flutuação de um navio é tanto fascinante quanto complexa. Utilizando o princípio da flutuabilidade, juntamente com designs cuidadosos e materiais adequados, os engenheiros conseguiram criar estruturas maciças que desafiam a lógica ao flutuar com facilidade através dos oceanos. Assim, os navios continuam a ser uma prova impressionante do engenho humano e da nossa capacidade de usar princípios científicos para superar desafios.

POR QUE O MORCEGO É O ÚNICO MAMÍFERO QUE VOA?

A Ana Carolina mora em Belo Horizonte, Minas Gerais, e mandou esta pergunta, que foi respondida pelo Rodrigo Redondo, aluno de Doutorado do ICB na UFMG.

Para voar é necessário ter asas, não é mesmo? De fato, os morcegos possuem uma membrana que unem quatro dos cinco dedos do membro anterior, formando o patágio, que é o nome da asa do morcego. Em algumas espécies desse animal, o patágio se extende até as patas posteriores e se liga a cauda, formando uma grande superfície para o voo.

Os morcegos têm de 15 centímetros a 2 metros de envergadura. Sua autonomia de voo é muito boa e se você acha que é só o beija-flor que consegue parar no ar, está muito enganado, porque o morcego também consegue!

POR QUE O GUEPARDO CORRE TÃO RÁPIDO?

Se você já viu aqueles documentários sobre animais, bem no estilo Discovery Channel ou National Geographic, deve ter reparado que o mundo animal tem muitas surpresas e fatos interessantes. A Myllena visitou o nosso site outro dia e nos deixou uma pergunta sobre essas coisas curiosas: “por que o guepardo corre tão rápido?”. E quando ela diz, “tão rápido”, é rápido mesmo: estes bichanos são os animais mais velozes do mundo e podem chegar a correr a mais de 100 km/h!

Andrei Pernambuco, aluno de doutorado do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, fala mais sobre esses felinos.

“Este ‘simpático animal’ da família dos Felídeos (Felidae) pode alcançar facilmente velocidades de até 120 Km/h. Se pararmos pra pensar, é mais rápido que a velocidade que um carro pode atingir legalmente nas estradas mais rápidas do Brasil. Aqui, a velocidade máxima permitida em uma estrada é de 110 km/h. Falando nisso, se por um acaso um guepardo passasse em um radar nas estradas brasileiras, ele certamente seria multado!

Uma vez ouvi que o que diferencia um carro de Fórmula-1 dos carros que normalmente vemos nas ruas, são principalmente duas coisas: motor e aerodinâmica. Então, será que é isso que faz com que o Guepardo corra mais que qualquer outro animal? Provavelmente não, pois animal não tem motor, certo? Errado! Realmente os animais não têm motores como os carros, mas abaixo da pele deles, assim como da nossa, existe uma série de músculos super bem preparados e prontos para dar impulso ao animal quando ele precisar. A energia para estes motores é a glicose que vem dos alimentos e não a gasolina, o álcool ou o diesel.

Tudo bem, animais têm “motores”, mas e esta tal de aerodinâmica? Isso não deve ter não, certo? Não exatamente! Aerodinâmica diz respeito ao “formato”. Todos os corpos possuem uma forma característica: alguns são mais arredondados, outros são mais finos e alguns são mais pontudos, e a forma do corpo acaba por prejudicar ou facilitar seu deslocamento no meio de fluidos como o ar ou a água. Dizemos então que quanto mais aerodinâmico for a superfície corporal, mais facilmente ele consegue se deslocar e conseqüentemente maior será sua velocidade.

O formato do corpo do guepardo lhe dá uma grande vantagem quanto à velocidade: ele possui um corpo bastante musculoso, leve e flexível, o que faz o ganho de impulso ser mais fácil do que se seu corpo fosse pesado e grande. Suas patas são adaptadas e possuem almofadas com ranhuras que permitem um alto poder de tração, ou seja, eles dificilmente escorregam. A longa cauda, que pode chegar a medir 85 cm, funciona como um contrapeso que ajuda a manter o equilíbrio do animal durante as mudanças de direção que ocorrem durante a corrida. A cabeça do guepardo é pequena, leve e arredondada, seu focinho é curto, as narinas são largas e os olhos estão na parte superior da cabeça, sempre direcionados para frente. Este conjunto de características permite que o animal respire melhor durante a corrida, enfrente menor resistência do ar e nunca perca de vista sua presa enquanto está a persegui-la.
Os guepardos também podem ser conhecidos como Chitas ou Leopardos Caçadores. Quando adultos podem medir 85 cm de altura, dois metros de comprimento (incluindo a cauda) e pesam cerca de 60 kg. Infelizmente, este animal, como muitos outros, se encontra ameaçado de extinção. Atualmente podemos encontrá-los apenas no Continente Africano, no Irã e no Afeganistão. Eles precisam ser preservados!”

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